E essa outra vida misturada à minha me faz acreditar sem grandes sustos que o amor é possível de novo. E meu peito, onde às vezes ainda bate um coração de menina assustada, de repente é inundado por uma alegria macia. E eu estranhamente me sinto protegida. E me faz acordar à noite pra olhar mais um pouquinho, porque o tempo nunca é bastante. E me faz procurar aqueles olhos que tão logo se tornaram cúmplices do que há de melhor em mim e de tudo aquilo que me dói. E me faz pensar enquanto molho as plantas, enquanto estou sozinha no elevador, enquanto cozinho, enquanto leio um livro, e tenho que reler várias vezes a mesma frase, porque já estou lá, naquelas sardas, naqueles cachos, naquele colo morno, abrindo mais uma vez esse presente tão delicado que se chama amor.
Lindo retrato de um encontro potente! Flores coloridas deliram entre as palavras e a tela!
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