13 de out. de 2011


Na escuridão dessa noite dura e fria sou acordada de meus sonhos de menina. Devo crescer tão rápido quanto Alice. Mas não há poção alguma. E não estou no país da maravilhas. Sou apenas alguém aqui, na realidade implacável. Porque a vida é tão terrivelmente democrática? No final ninguém é escolhido e não há concessões. E é preciso desesperadamente confiar. Confiar na lógica absurda da vida. E é preciso entregar-se a ela como quem pula do penhasco num sonho. E acreditar que mesmo nas noites mais escuras ainda existem os vagalumes.

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