1 de ago. de 2011

Amorzinho


Sua tristeza soava em diminuta. Peguei concha para lhe dar um pouquinho de mar. Escolhi a cereja mais vermelha da vasilha leitosa. Calcei seus pés branquinhos com meias coloridas. Virei-a de bruços e deitei em suas costas salpicadas de estrelas. Meu coração foi caixinha de música e ela adormeceu. Sonhou que tinha asas e viu cavalos marinhos. Sorriu-me com os olhinhos inchados.

“Dorme baby, pode sonhar mais um pouco. Hoje eu cuido do mundo aqui fora.”

(foto: Harry Callahan)

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